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Foto do escritorCHAMA Coletivo

Diversidade, inclusão e... sapatos?

Em outubro de 2024, tivemos a oportunidade de realizar um workshop de 4 horas sobre diversidade e inclusão com as 35 pessoas colaboradoras do Espaço Sinimbu, um lugar incrível para facilitações, reuniões e eventos organizacionais. Este projeto foi um lembrete vivo da nossa primeira premissa para criar experiências que conectam: CADA CONTEXTO É ÚNICO.


O projeto começou com um pedido: sensibilizar o grupo sobre diversidade e inclusão, com foco nos pilares de gênero e LGBTQIAPN+. Porém, ao aprofundarmos no entendimento do contexto específico da organização percebemos que as dinâmicas de poder iam além, envolvendo recortes de classe e raça ainda pouco nomeados ou reconhecidos no ambiente.


Esse diagnóstico nos levou a repensar completamente a agenda inicial. Percebemos que uma parte significativa do grupo tinha dificuldade com leitura e escrita, o que nos desafiou a criar algo mais acessível, com foco na oralidade e nas vivências do grupo. Foi aí que os sapatos entraram em cena:


👟 Promovemos momentos de troca onde simbolicamente e literalmente as pessoas "vestiam os sapatos da outra", criando um espaço de conexão e escuta ativa. 


👟 Usamos diferentes metáforas com sapatos para tornar didático conceitos complexos como diversidade, inclusão, igualdade, equidade, privilégio e pertencimento.


👟 Por meio da narrativa dos sapatos, as pessoas participantes trouxeram suas perspectivas sobre:


🔸Como se sentem em seus sapatos no dia a dia de trabalho.


🔸Qual era a pedra no sapato que os deixava desconfortáveis.


🔸O pedido para o grupo que os ajudaria a tornar esses sapatos mais confortáveis.


A partir dessas dinâmicas, emergiram conversas poderosas sobre incômodos cotidianos, como as microagressões disfarçadas de "piadinhas" ou comentários aparentemente inofensivos, mas que impactam profundamente as relações e o ambiente de trabalho.


Momento de troca inspirado na Estrutura Libertadora HSR, vestindo o sapato da outra pessoa (literalmente e figurativamente) | Arquivo pessoal

📌 LIÇÕES APRENDIDAS:


🔸 Não existem soluções prontas quando se trata de trabalhar com pessoas. Cada contexto exige escuta, adaptação e sensibilidade para criar experiências significativas.


🔸 Diagnósticos qualitativos (entrevistas, grupos focais) revelam dimensões ocultas e enriquecem o trabalho.


🔸 Adaptar a linguagem e a metodologia ao público é um ato de inclusão em si.


🔸 Escuta ativa e respeito às vivências do grupo são poderosas ferramentas de transformação.


🔸 Cocriar experiências com clientes que confiam no nosso trabalho, inclusive com abertura para mudar a rota, faz toda a diferença.



Flávia e Stephanie junto ao time do Espaço Sinimbu | Arquivo pessoal
 

"O projeto de D&I que fizemos com a Flávia e a Stephanie do CHAMA Coletivo deu muito certo! O fato da nossa empresa ser pequena e contar com um time diverso e na sua maioria de formação bem básica não impediu elas de realizarem um workshop produtivo que gerou resultados positivos. A preocupação em entender o perfil do cliente e dos participantes foi fundamental para o planejamento do trabalho! Além da flexibilidade em formatar algo adequado a nossa empresa a abordagem acessível e acolhedora delas fez toda a diferença. A equipe curtiu muito o workshop e nós já estamos avaliando os próximos passos." - Bettina Walker, Sócia do Espaço Sinimbu

 


💡 Quer saber mais sobre nossas premissas e como desenhamos experiências que conectam? Confira nosso toolkit no link: www.chamacoletivo.com/toolkit Time do projeto: Flávia Barbosa e Stephanie Crispino Texto escrito por Flávia Barbosa com pitacoria de Stephanie Crispino.




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